Escolha amorosa: “Parece que tenho dedo podre.”
- Francieli Piovesan
- 22 de fev. de 2021
- 3 min de leitura
O que há por trás das minhas escolhas? Por que eu continuo sofrendo pelos mesmos motivos? Atraindo o mesmo tipo de pessoas? Passando pelos mesmos problemas?
Existe uma série de fatores por trás do famoso “Dedo Podre” nos relacionamentos. Muitas pessoas possuem uma crença errada e distorcida de que “não tem sorte” ao escolher seus parceiros ou manter um relacionamento saudável.
Você já parou para pensar qual motivo te leva a fazer sempre aquela mesma coisa, mesmo que você diga para si mesmo que não queria ter feito?
Buscarmos inconscientemente um "parceiro problema", estamos revivendo, provavelmente, um conflito mal resolvido do passado. Pode-se dizer que essa repetição de um padrão relacional seria uma forma de tentar resolver o conflito anterior, aquele vivido.
O autoconhecimento nos mostram os motivos de nossas repetições em busca de respostas, construindo formas para que um novo caminho possa ser trilhado. Em psicoterapia buscamos trabalhamos para que novos vínculos sejam formados, entendendo e ressignificando para que não nos tornemos reféns de nós mesmos, de questões não resolvidas, sem perceber o quanto ao longo da vida permanecemos tropeçando nas mesmas questões. O que se descobre, na maioria das vezes, é que estas repetições dizem muito sobre como lidamos com as relações afetivas e sobre a maneira como nos posicionamos no mundo.
Quanto mais conhecimento se tem de si mesmo, de sua verdadeira forma de ser e de suas reais necessidades psíquicas e afetivas, tanto menos estas necessidades serão projetadas em outra pessoa, que naturalmente terá dificuldades em lidar com tal situação.
Muitas vezes, a gente reconhece que algo não está bem, mas não conseguimos agir de outro jeito. Por isso, é importante saber a hora de pedir ajuda à um profissional qualificado. O psicólogo seria o profissional ideal para auxiliar nessa caminhada. É essencial olhar para dentro para entender o porquê de ter dado errado e assim construir novas formas de relações.
Quando não entendemos o que acontece com os padrões que estamos repetindo, o inconsciente, o que não conseguimos ter consciência se revela como força soberana por trás de todas as nossas escolhas: amorosas, profissionais, a maneira como nos relacionamos com o outro, com o sucesso, o fracasso, a sexualidade e maneira de lidar com o corpo. Todas essas escolhas decisivas são feitas sem termos consciência disso, atualizam o passado. Nós repetimos uma maneira de amar e repetimos também uma maneira de nos separar ou de nos boicotar.
“Podemos trocar de trabalho, de parceiro ou de religião. Mas até que não nos transformemos internamente, atrairemos as mesmas pessoas e circunstâncias.” Yehuda Berg.
Um exemplo, que podemos encontrar ao analisar o que está impedindo de ter bons relacionamentos, é a crença de desvalor, de se sentir inferior, tendemos a entrar em relacionamentos que nos façam sentir desse jeito. Afinal, em algum nível, acreditamos que isso é verdade.
Outro exemplo, se acreditamos que as pessoas não são confiáveis, mesmo se a pessoa mais confiável e apaixonada do mundo estiver na nossa frente, não vamos conseguir reconhecer isso. Até o momento que isso fica tão insustentável, que a que a pessoa decide ir embora.
E como podemos aprender a lidar com estas repetições e cessá-las? Buscando análise/psicoterapia. O processo de psicoterapia ajuda a ressignificar as experiências responsáveis para que estes eventos se repitam e o ajuda lidar com elas.
Francieli Piovesan
Psicóloga
Especialista em psicoterapia
CRP 07/25796
51 984085785
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